Escultura labial com a técnica LLipfly

Escultura labial com a técnica LLipfly

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Técnica LLipfly: relato de caso traz a utilização do ácido hialurônico na reconstrução da arquitetura labial baseada na anatomia dos lábios e em linhas de referência anatômicas da região perioral.

Os biomateriais são desenvolvidos com objetivo de mimetizar materiais biológicos, cumprindo a mesma função com mínimo de efeitos adversos. O ácido hialurônico (AH) é um biomaterial com diversas aplicações na área da saúde graças às suas propriedades biofísicas favoráveis. Na área da estética facial, o ácido hialurônico industrializado é utilizado para repor o volume perdido de tecido ósseo e de gordura – que ocorre durante o envelhecimento –, remodelar o contorno e a topografia facial, suavizar rugas e sulcos, hidratar e revitalizar a pele.

A estética facial está no auge da sua existência, tornando-se um fenômeno social. A arte de delinear e destacar os lábios com tintas e pincéis existe desde a antiguidade. Atualmente, os procedimentos com biomateriais injetáveis têm tomado esse lugar. Dentre diversos métodos e produtos disponíveis, a volumização e escultura labial com ácido hialurônico tem sido um dos mais requisitados. Com o avanço da idade, os lábios, assim como toda a face, vêm perdendo suas características de linhas bem definidas e volume pleno. Na tentativa de minimizar esses danos, os preenchedores vêm ganhando protagonismo, permitindo a recuperação do desenho anatômico dos lábios e de seu volume e devolvendo as características de juventude da região perioral, o que contribui para a melhora da autoestima do indivíduo. O presente relato de caso clínico tem como objetivo apresentar uma técnica que utiliza o ácido hialurônico para devolver a arquitetura labial baseada na anatomia dos lábios e em linhas de referência anatômicas da região perioral, o que confere precisão e segurança ao procedimento. A técnica LLipfly promove um resultado harmônico e agradável, destacando a beleza labial de maneira segura e eficiente.

Inserir a agulha em 45º no vértice do arco de cupido na linha de transição entre pele e mucosa. Ao ultrapassar a resistência epidérmica a agulha deve ser posicionada em paralelo à pele e ser levada em direção à base columelar (ângulo nasolabial). Proceder aspiração e, na sequência, realizar retroinjeção linear com volume de 0,1 mL de ácido hialurônico. Repetir o procedimento na linha do filtrum contralateral; massagear e modelar.

Inserir a agulha em 45º próximo da metade do lábio superior na linha de transição pele/mucosa. Ao ultrapassar a resistência epidérmica, a agulha deve ser posicionada em paralelo à pele e deve ser levada em direção ao vértice do arco do cupido. Proceder aspiração e, na sequência, realizar retroinjeção linear com volume de 0,1 mL de ácido hialurônico. Repetir o procedimento no lábio superior contralateral; massagear e modelar.

Inserir a agulha em 45º na porção central do lábio inferior na linha de transição pele/mucosa. Ao ultrapassar a resistência epidérmica, a agulha deve ser posicionada em paralelo à pele e deve ser levada na totalidade de seu cumprimento respeitando o desenho do lábio inferior. Proceder aspiração e, na sequência, realizar retroinjeção linear com volume de 0,1 mL de ácido hialurônico; massagear e modelar.

Traçar uma linha média labial. Traçar duas linhas paralelas à linha mediana que tangenciam os vértices do arco do cupido. Traçar duas linhas paralelas à linha mediana que tangenciam a porção externa e lateral da base alar do nariz.

Inserir a agulha em 90º de maneira superficial no vértice do arco do cupido. Ao ultrapassar a resistência epidérmica, a agulha deve ser inserida cerca de 2 mm.

Proceder aspiração e, na sequência, aplicar um bolus no vértice do arco do cupido com volume de 0,025 mL de ácido hialurônico. Repetir o procedimento no lado contralateral.

Inserir a agulha em 90º em direção inferossuperior na intersecção entre mucosa seca e úmida na área central do tubérculo central do lábio superior. Ao ultrapassar a resistência epidérmica, a agulha deve ser inserida cerca de 4 mm. Proceder a aspiração e, na sequência, aplicar bolus de 0,1 mL de ácido hialurônico.

Inserir a agulha em 45º na porção central do arco do cupido. Ao ultrapassar a resistência epidérmica a agulha deve ser inserida em direção ao tubérculo central até a área de bolus previamente aplicado. Proceder a aspiração e, na sequência, realizar uma retroinjeção linear de 0,05 mL de ácido hialurônico.

Inserir a agulha em 45º na linha de intersecção pele/ mucosa do lábio superior sobre a linha de referência que tangencia a porção externa e lateral da asa do nariz.

Ao ultrapassar a resistência epidérmica, a agulha deve ser inserida em direção à linha de referência que tangencia o vértice do arco do cupido. Nesse momento, a agulha descreve um movimento de “anzol” entre o ponto inicial e o ponto de chegada, sendo o ponto central o de maior profundidade (máximo de 4,5 mm). Proceder a aspiração e, na sequência, realizar retroinjeção associada ao bolus (no centro do trajeto) em formato oval, respeitando as duas linhas de referência do lábio superior, totalizando 0,2 mL de ácido hialurônico. Repetir o procedimento no lado contralateral.

Inserir a agulha em 45º na linha de intersecção pele/mucosa do lábio superior sobre a linha de referência que tangencia a porção externa e lateral da asa do nariz. Ao ultrapassar a resistência epidérmica, a agulha deve ser inserida em direção à linha média de referência. Nesse trajeto, a agulha descreve um movimento de “anzol” entre o ponto inicial e o ponto de chegada, sendo o ponto central o de maior profundidade (máximo de 3,5 mm). Proceder a aspiração e, na sequência, realizar retroinjeção associada ao bolus (no centro do trajeto) em formato oval, respeitando as linhas de referência do lábio inferior, totalizando 0,25 mL de ácido hialurônico. Repetir o procedimento no lado contralateral.

Conclusão

Com a evolução dos preenchimentos labiais a base de ácido hialurônico, o número de técnicas preconizadas se multiplicou. Com base em evidências clínicas e científicas, as técnicas se tornam cada vez mais complexas e individualizadas.

A LLipfly vem ao encontro dessa tendência promovendo o preenchimento baseado em uma visão tridimensional, com o objetivo de devolver o desenho, a projeção e o volume dos lábios. A LLipfly oferece também a vantagem de utilizar linhas de referências anatômicas e quantidades seguras de ácido hialurônico, o que confere precisão e harmonia labial.

Referências

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